quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

UMA AÇÃO QUE DEVERIA SER IMITADA POR TODAS AS PREFEITURAS


por Roseneide Ramalho

Na Rede Municipal de Educação (RME), profissionais, alunos e familiares recebem orientações para lidar com a rotina diferenciada de crianças, jovens e adultos diagnosticados com diabetes. Alterações de itens e quantidades no cardápio e o incentivo para a participação em atividades físicas são prioridades na rotina escolar.

Entre os 340 alunos da Escola Municipal em Tempo Integral Professora Maria Nosidia Palmeiras das Neves, no Residencial Barravento, quatro alunos são acompanhados de forma diferenciada. O dia-a-dia na instituição é organizado para manter o rigor no horário das refeições, controlar a ingestão de alimentos e garantir a maior participação possível em oficinas que movimentem o corpo, como dança, práticas esportivas e teatro.

Por atender em tempo integral, a escola é responsável por 77% das necessidades nutricionais diárias dos alunos. Diante da responsabilidade, a diretora, Izabel Leal, destaca o desafio de propor novos hábitos. "A criança não tem consciência do que é 'fazer mal' quando se trata de alimentação. O prazer de comer sobressai nestes casos. É nosso dever cuidar da alimentação e criar o gosto pela atividade física, mesmo com o desafio de não ter continuidade desse aprendizado no convívio familiar", explica.

Alimentação Especial
A Secretaria Municipal de Educação, por meio do Departamento de Alimentação Educacional (Dale), realiza atendimento diferenciado para alunos com diabetes e outras doenças crônicas como obesidade, alergias ou intolerâncias alimentares. O fornecimento de alimentos especiais, como adoçante, alimentos à base de soja e produtos diets, garante cardápio saudável e aprendizado para 150 crianças e adultos atendidos em unidades da Rede Municipal de Educação (RME).

Com levantamento realizado no início do ano, laudo médico e orientações repassadas por equipe técnica, escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmei) promovem adaptações nas refeições servidas ao grupo de alunos. "O Dale atende cada aluno dentro das especificidades apresentadas, por meio da alimentação especial e orientações, tanto para o educando, quanto para os profissionais da instituição em que estuda", comenta Nair Augusta Gomes, nutricionista.

Para Nair Augusta, além de cuidar da saúde dos alunos, a utilização de alimentos especiais previne complicações e promove bons hábitos. "Esse trabalho possibilita realmente que a criança ou adulto faça escolhas adequadas para atender as próprias necessidades, numa questão que, em alguns casos, envolve até mesmo sobrevida do educando", explica.

Alunos que apresentam quadro de hipertensão e colesterol alto também recebem acompanhamento individualizado. Segundo o Departamento de Alimentação Educacional, o trabalho com esses educando envolve, sobretudo, orientações sobre as doenças e meios de controlá-las. "O cardápio da RME é saudável e segue as determinações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e demais normativas. Não são necessárias alterações nestes casos", explica Nair Augusta.

As ações direcionadas aos alunos com doenças crônicas visam atender a legislação em vigor quanto alimentação escolar, normatizada pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e pela Resolução nº. 38, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O Dale atende aos 120 mil alunos matriculados na RME, com a elaboração de cardápio, orientações à profissionais da merenda, aquisição e distribuição de produtos alimentícios.

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