quinta-feira, 7 de junho de 2012

Livro "Rota de Colisão" apresenta reflexão sobre a cidade e o trânsito

A situação caótica do trânsito nas grandes metrópoles gera discussões em diversos âmbitos da sociedade. As consequências dessa condição são visíveis na quantidade de acidentes e mortes fruto da imprudência no tráfego - só no Brasil, em média, mais de 34 mil pessoas morrem anualmente em decorrência desse problema. Por esse viés, os especialistas em segurança e engenharia de trânsito Eduardo Biavat e Heloisa Martins escreveram o livro Rota de Colisão - A cidade, o trânsito e você, lançado pela Berlendis & Vertecchia Editores. A obra traz uma inovadora reflexão sobre a sociedade, a cidadania e a vida nas cidades, considerando como ponto de partida o trânsito. Biavati apresenta uma síntese do Programa de Prevenção de Acidentes de Trânsito da Rede SARAH de hospitais, que por mais de 10 anos ficou sob sua coordenação. Esse programa, assim como o livro, aborda a fragilidade do corpo humano em meio ao ambiente rotineiro do tráfego. De forma dinâmica, os dois autores propõem ao leitor uma abordagem abrangente sobre as reais causas da violência praticada nas avenidas e ruas das grandes cidades. As ocorrências que se relacionam ao evento fortuito e acidental frequentemente são causadas por atitudes desrespeitosas das pessoas em relação às outras e também a si mesmas. É nesse sentido que Rota de Colisão retrata as consequências malsoantes do conflito entre o ser humano e as regras de trânsito, defendendo que o contato a que somos submetidos o tempo todo nesse cenário não precisa ser motivo de conflito permanente. Uma das soluções para a redução do índice de mortes no trânsito mundial foi proposta pela ONU (Organização das Nações Unidas), que lançou em 2010 a campanha "Década Mundial de Ação pela Segurança no Trânsito - 2011/2020". A ação visa o comprometimento de governos de todo o mundo para que sejam tomadas medidas de prevenção que atenuem em 50% os acidentes. Segundo a entidade, a diminuição de acidentes, da mortalidade e das irreparáveis perdas humanas é um processo multidimensional, intersetorial e, sobretudo, de longo prazo. Para Biavati, a convivência harmoniosa no tráfego exige consciência e atitude, visto que não há atividade humana sem o deslocamento de pessoas e veículos. Assim, ele evidencia que a vida em sociedade depende do trânsito e para evitar o efeito do mau uso dos espaços transitórios é fundamental que haja um respeito às regras que foram elaboradas para que todos consigam conviver em harmonia e segurança nas vias públicas. Sobre os autores: Eduardo Biavati é mestre em Sociologia e especialista em Segurança no Trânsito. Por mais de dez anos, coordenou o Programa de Prevenção de Acidentes de Trânsito da Rede SARAH de hospitais, tendo desenvolvido abordagem de prevenção dos acidentes centrada na conscientização da fragilidade do corpo humano. Especialista em educação de trânsito para jovens, tem ampliado sua atuação para o ambiente corporativo, integrando os programas de segurança no trânsito da Ambev, Duke Energy e outras empresas. Desde 2012, é consultor do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (DETRAN | RS). Heloisa Martins é historiadora e mestre em Administração Pública e Planejamento Urbano. Trabalha há mais de trinta anos com planejamento urbano e de trânsito. É funcionária da CET-SP e especialista em metodologia de análise de empreendimentos urbanos de impacto (Polos Geradores de Tráfego), tendo desenvolvido trabalhos de consultoria em planejamento e em análise de empreendimentos de impacto para cidades como Belo Horizonte, Guarulhos e Vitória. Colaborou, ainda, na elaboração do manual para o Curso de Capacitação para Profissionais do Trânsito do Denatran. Atualmente coordena os trabalhos da CET-SP sobre segurança de trânsito para motocicletas. Fonte: Brandpress

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