quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Das oliveiras à mesa

Por muito tempo, o consumo de azeite no Brasil ficou restrito ao paladar de imigrantes europeus e nobres da época colonial. Apenas portugueses, espanhóis e italianos consumiam o óleo extraído das azeitonas, fruto das oliveiras. Com o passar dos anos, o produto se popularizou e caiu no gosto de milhares de brasileiros. Segundo a chefe de cozinha da Cachaçaria do Dedé, Eliane dos Santos, o ingrediente é muito utilizado, pois acentua o sabor e dá mais qualidade a comida. No restaurante, a maioria dos pratos, tanto frios como quentes, leva o azeite em seu preparo. “O óleo não é usado em nossa cozinha”, garante Eliane. No Brasil, a fertilidade das terras para o plantio de frutos e sementes, fez o país torna-se líder na produção de laranja, café, açúcar, eucalipto, mas esbarra no clima pouco propício para o cultivo de azeitonas. Esse fator contribuiu para que o país ocupasse o quinto lugar, no ranking mundial, entre os maiores importadores de azeite e o terceiro de azeitonas. Consumo Só na Cachaçaria do Dedé são encontrados 13 rótulos de azeite, produto considerado por mestres gourmet como o elemento “X” da cozinha. Na cachaçaria, um dos pratos de sucesso é a salada de bacalhau devido ao gosto acentuado do azeite. “Durante o preparo, ingredientes como: batata, cenoura, brócolis e couve flor são cozidos e deixados em conserva no azeite extra-virgem, antes de irem a mesa. O sabor é indescritível e muito saboroso. Diferente da salada fria, em que, os ingredientes são cozidos na água e vapor, e apenas temperados”, afirma Eliane. Saúde De acordo com a nutricionista do Hospital Santa Genoveva, Ludmila Milken, por se tratar de um tipo de gordura vegetal, o azeite é utilizado na prevenção de doenças e no controle de colesterol. “As propriedades nutricionais anti-inflamatória e antioxidantes, são capazes de prevenir doenças cardiovasculares, câncer e aumentar os níveis de colesterol bom (HDL) ou reduzir o colesterol ruim (LDL)”. Para a nutricionista, estes efeitos só valem na versão extra-virgem. “O refinamento do azeite leva a perda das propriedades nutricionais citadas acima. É importante ressaltar que o óleo deve ser armazenado em recipiente escuro, e local fresco, longe da incidência de luz, para evitar oxidação”, finaliza.

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